Muitas vezes me pego pensando na vida, essa coisa tão misteriosa. Não sabemos de onde viemos e nem para onde vamos, muito menos porque estamos aqui. Talvez nada faça sentido e só precisamos viver, existir.
Mas por estar vivo eu acabo fazendo parte da civilização, essa coisa que nos obriga a fazer o que não queremos e tira toda a magia da vida. E um dos meus passa tempo é observar pessoas, pode parecer estranho mas é muito legal observar o comportamento dos nossos semelhantes. São todos diferentes, jeito, tamanho, beleza, voz e isso torna tudo mais fascinante. Mas como esse texto não é sobre pessoas e sim sobre minha o que penso sobre a vida, segue aí o mesmo texto...
Cloc... Cloc...
O relógio marca o meu nascimento,
e o destino é como uma blusa de lã, e eu vou tecendo.
Aquilo que o mundo me pede, não é o que o mundo me dá,
mas com três anos todos esperam eu já saiba falar.
Aos sete sabia ler e contar,
desta forma estarei pronto para me formar.
Cloc... Cloc...
O relógio me apresenta uma nova vida,
tenho dez e preciso descobrir o mundo com meus próprios pés.
Aos treze me revoltei, porque motivo eu não sei,
mas queria mudar tudo que estivesse fora da lei.
Com quinze descobri o amor, para minha triste ilusão,
não é nada parecido como na televisão.
O amor é cruel um sentimento assim não pode ter vindo do céu,
machuca por dentro e causa derramamento... de lágrimas.
Cloc... Cloc...
O meu relógio mais uma vez me alertou,
que na vida adulta eu estou.
Estudar e trabalhar,
quando é mesmo que poderei descansar?
Essa rotina me cansa,
mas se eu acordar a matrix vai me apagar.
O sistema é podre e o governo capitalista,
e o proletário é só um peão nesse jogo de azar.
Somos a engrenagem que faz tudo rodar,
a mesma engrenagem que faz meu relógio funcionar.
temos o poder na mão é não sabemos usar.
Cloc... cloc...
Mas uma vez meu relógio me avisa,
estou chegando ao fim da minha vida.
Se é que assim posso chamar,
pois nada fiz além de trabalhar.
Momentos de lazer foram poucos,
infelizmente não souber fazer o jogo.
O jogo da vida onde muitos se perdem e poucos conquistam.
E por falar em conquistar eu tive poucas, mas queridas,
encontrei um novo amor e construí a minha vida.
Mas quem diria, tive duas belas filhas,
e com elas surgiram novas formas de amor.
Agora estou velho e logo me vou.
Cloc... cloc...
Meu relógio me diz que está quase na hora,
a despedida é uma tortura que causa imensa dor.
Quem é você de preto aí na sala a me esperar,
mas hora veja, pai o senhor veio me buscar?
Meus olhos se enchem de lágrimas e eu venho a chorar,
meu pai me conforta, consegue me acalmar.
Ele diz que o meu relógio nunca vai me abandonar,
pois o relógio serve para indicar a quanto você está no mesmo lugar.
Nesse lugar ele parou de rodar,
mas para uma nova jornada ele vai me acompanhar.
Cloc... cloc...
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